Pensando no Vestibular: Trovadorismo


Trovadorismo foi a primeira escola literária da história da literatura brasileira. A história do Brasil começa em Portugal, que por sua vez começa na história geral: Eram "trovadores" os poetas portugueses que usavam a lingua portuguesa para produzir cantigas. Notar que nesse periodo histórico a poesia vinha acompanhada de musicalidade.

Suvidivisão do Estudo: Contexto Histórico e Valores
Para entender o trovadorismo e assim outras escolas literárias, é importante ressaltar o periodo histórico vigente: Periodo Medieval ou feudal. Sociedade era divida em três estamentos: Nobreza que tinha por função lutar, o Clero que tinha por função orar e os Servos que tinha por função trabalhar. Essa estratificação era  a "vontade de Deus" e por muito tempo se acreditou nisso. A sociedade, pois, era teocêntrica e católica.

Valores interessantes destacar são o belicismo, ou seja, a tendência da luta, função dos nobres, eles se importavam muito com virtudes morais, feitos épicos de nobres guerreiros, valores de austeridade, eram severos, acreditavam na incorruptibilidade do cristianismo.

**Exemplos de novelas de cavalaria: A história dos cavaleiros da Távola Redonda do Rei Artur sendo a mais famosa; A narração dos feitos de Carlos Magno e os Doze Pares da França; Novelas sob a temática greco-latina.

Obs. Elas eram cantadas no passado.

A literatura de que tratamos era “galego-portuguêsa", isso porque durante a Idade Média havia uma unidade lingüística entre Portugal e a Galiza. A Galiza era um reino situado ao norte de Portugal onde ainda se fala o galego, um idioma muito semelhante ao português.

A poesia trovadoresca galego-portuguesa pode ser dividida em lírico-amorosa e satírica. A primeira subdivide-se em cantiga de amor e cantiga de amigo e a segunda pode ser dividida em cantiga de escárnio e cantiga de maldizer.

Subdivisão do Estudo: Amor!
Surgiu uma espécie de cultura voltada para aspectos do amor, valorizando a sensualidade da mulher. Na poesia dos trovadores, o amor passava a ser tratado como o centro da vida. Não obstante a isso, esse tipo de amor deveria obedecer a um complexo conjunto de regras que caracterizavam os jogos amorosos dentro do ambiente cortês. Nesse sentido, a expressão amor cortês passa a significar esse tipo de relação submetida a certas regras preexistentes.

O amor cortês subverte a ordem estabelecida e inverte as relações consideradas naturais entre homem e mulher. Se na vida real, o marido domina completamente a esposa, no jogo amoroso, o homem se torna servo da dama, aceita todos os seus caprichos, submete-se às provas que ela decide impor-lhe, semelhantemente aos ritos de passagem nos graus de cavalaria. Fala-se assim do amor vassalagem, onde o trovador serve a dama que se torna sua suserana, dominando o coração do homem que a ama.

A dama cortejada geralmente é descrita como o ser mais perfeito tendo sublimada sua beleza e sensualidade na forma de amor platônico, pois a experiência acaba não fazendo parte dessa relação que fica em permanente estado de contemplação

Subdivisão do Estudo: Cantigas
O que é preciso saber sobre Cantigas de Amor: O trovador confessa de forma dolorosa e lamentosa o seu amor diante de uma dama inacessível, entre outras razões, por pertencer a uma classe social superior ou pelo fato de a mulher ser casada. Mulher idealizada (chamada pelo eu-lírico, masculino, de mia senhor ou mia dona); amor idealizado e platônico. Os apelos amorosos ganham aura de transcendência: repassa-os um torturante sofrimento interior que se segue à certeza da inútil súplica e da espera de um bem que nunca chega ou parece impossível: é a coita (sofrimento) de amor, que, afinal, ele confessa. Amor cortês.

O que é preciso saber sobre Cantigas de Amigo: O escopo do poema é agora representado pelo sofrimento amoroso da mulher pertencente às camadas populares (pastoras, camponesas, etc.). O trovador, amado incondicionalmente pela moça humilde e ingênua do campo ou da zona ribeirinha, projeta-se no íntimo dela e desvenda-lhe o desgosto de amar e ser abandonada, em razão da guerra ou de outra mulher. O trovador finge ser a moça ao escrever. No geral, quem ergue a voz é a própria mulher, dirigindo-se em confissão à mãe, às amigas, aos pássaros, aos arvoredos, às fontes, aos riachos.
 
O que é preciso saber sobre Cantiga de maldizer: A sátira é feita por meio de referências diretas, sem rodeios e com agressividade, a pessoa a quem se destina a cantiga é citada nominalmente. Exemplo – “A vós, Dona abadessa”, de Fernando Esguio. Ambas são originárias da vida boêmia e marginal, que encontrava nos meios libertinos e tabernários o seu lugar ideal. Por isso a linguagem de baixo-calão: poesia “maldita”, descambando para a pornografia e mau gosto.

O que é preciso saber sobre Escárnio: A sátira é feita por meio de referências indiretas, ironia, vocabulário de duplo sentido e não revelação do nome da pessoa satirizada. Exemplo – “Ai dona fea”, de João Garcia de Guilharde.

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